O audiovisual brasileiro se despede de Julio Calasso. Em sua insaciável fome de aprendizagem e de troca criativa, Julio cursava a pós-graduação em Dramaturgia do Célia Helena (da qual bem poderia ter sido professor), sempre defendendo a importância do cinema brasileiro.
Julio nasceu em São Paulo, em 1941 e faleceu em 11 de junho de 2021. Com uma longa carreira, atuou como ator, roteirista, produtor e diretor de teatro e cinema.
Em 1964, começou a ter aulas de interpretação com Eugênio Kusnet atuando na peça Um caso em Irkutsk, de Aleksei Nikolaevič Arbuzov, dirigida por Kusnet no Teatro Oficina em 1965. Calasso frequentava também o Cineclube do Centro Dom Vital. Em 1965, foi assistente de Geraldo Sarno no documentário Viramundo, Em 1968, atuou e trabalhou em O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla.
Foi o diretor de filmes como Longo Caminho da Morte, em 1972 em que atuaram Dionísio Azevedo e Othon Bastos e Plínio Marcos – Nas Quebradas do Mundaréu, com Tônia Carrero, em 2015.
Foi o idealizador de diversas mostras, como Cinema de Invenção e Cinema Negro. Julio costumava se apresentar como “um cineasta que filmara menos do que queria ter filmado”.