POÉTICAS PRETAS E ORIGINÁRIAS | Escola de Teatro Célia Helena

POÉTICAS PRETAS E ORIGINÁRIAS

Projeto desenvolvido pelo NEABI – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas

22/05/2025
(quinta-feira)

das 19h15 às 22h30

Teatro Célia Helena 

Iniciativa do NEABI, o encontro tem a participação de Alexandra Ucanda, Antônia Pinheiro, Hauane Onias, Jamile Guedes, José Estevam, Kenan Bernardes, Roniel Paz, Silvani Moreno e coordenação de Solange Ferreira. 

Nosso convite é para uma ação coletiva, não unicamente negra e indígena, como conscientização no combate ao racismo estrutural e institucional, por meio de   diálogos abertos e partilhas espiralares. Investimento necessário e urgente em ações afirmativas e letramento racial contínuo e coletivo, evidenciando a visibilidade e as potencialidades negras e indígenas plurais nas artes da cena.  

Entrada franca. A bilheteria abrirá 1 hora antes do início para retirada dos ingressos. Sujeito à lotação. 

Programação

NEABI como um espaço de justaposições e confluências entre os saberes herdados de nossas ancestralidades negras e indígenas.

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Nesta conversa, abordaremos o NEABI como um território simbólico onde se entrelaçam saberes ancestrais negros e indígenas, promovendo encontros, tensões e criações coletivas. Guiados pela noção de devir, tal como elaborada por Nego Bispo — entendida como um vir-a-ser forjado a partir das lógicas da contracolonização — refletiremos sobre as formas de resistência que emergem da arte, da cultura e da organização social. Discutiremos, ainda, a urgência de descolonizar nossos gestos, práticas e imaginários, como caminho para abrir espaço a novas (?) formas de expressão artística e existência no mundo. 

“A criança sente medo, a vó corta o medo da criança.”

No Alto do Vale do Ribeira, a criança sonha na tapera, cercada pelas matas de Araucárias e pela mata Atlântica, territórios de seus ancestrais.  

A performance de José, neto de benzedeiros, resgata as teatralidades vividas e ensinadas pelos mais velhos. Através do canto, da contação de histórias e da tradição de cura, se aprende a teatralidade genuína.  

Esta performance é um desdobramento da pesquisa científica de José Estevam na Graduação em Teatro da Escola Superior de Artes Célia Helena, onde estuda a teatralidade que surge do apagamento cultural em sua cidade natal, Guapiara, no interior de São Paulo. 

Livro Revolta de Carrancas: o silêncio ao redor, de Jaci Pereira Furtado

Sobre a obra 

Ainda desconhecida do grande público, a Revolta de Carrancas, ocorrida em Minas Gerais, no ano de 1833, foi a maior rebelião de pessoas escravizadas na região Sudeste do Brasil. Em número de pessoas envolvidas, foi superada apenas pela Revolta dos Malês, que aconteceu em Salvador (BA) em 1835. 

Propositalmente apagada da história do Brasil é resgatada em detalhes em Revolta de Carrancas: o silêncio ao redor. A obra busca reconstituir os fatos sangrentos ocorridos em 13 de maio de 1833, na zona rural do atual município de Cruzília (MG) – então parte da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas.  

Atravessada pelas contradições e violências da sociedade escravista da época, a Revolta de Carrancas é um trágico emblema do que constitui o Estado brasileiro. Um episódico fundamental para a arte refletir sobre nossa História enquanto nação. 

Quem é o autor? 

Joaci Pereira Furtado é graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e mestre e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Autor de livros didáticos de História, organizou uma edição das Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga (Companhia das Letras). Sua dissertação de mestrado, Uma república de leitores: história e memória na recepção das Cartas chilenas (1845-1989), recebeu os prêmios Moinho Santista Juventude 1996 e Jabuti 1998. Estreou na dramaturgia em 2023, com a peça Otelo, o outro, em coautoria com Israel Neto e Kenan Bernardes.  

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