100 anos do ator e diretor Sérgio Cardoso | Escola de Teatro Célia Helena

100 anos do ator e diretor Sérgio Cardoso

Exibição de documentário e roda de conversa marcam a celebração na escola de Teatro Célia Helena 

 

O Célia Helena Centro de Artes e Educação realizará o evento 100 Anos de Sérgio Cardoso uma homenagem ao centenário do grande ator, diretor e cenógrafo Sérgio Cardoso (1925-1972), considerado um dos artistas que renovaram o teatro brasileiro na década de 1950. A celebração acontecerá no dia 27 de maio de 2025, terça-feira, às 19h30, no Teatro do Célia. (av. São Gabriel, 444 — Itaim-Bibi). A entrada é gratuita com distribuição de ingressos no local até 1 hora antes do início do evento.   

Na ocasião, será exibido o documentário 100 Anos de Sérgio Cardoso, idealizado, roteirizado e realizado por Hermes Frederico, com edição de Felipe Careli. Após a exibição, ocorrerá um bate-papo entre o diretor Hermes Frederico, Sylvia Cardoso Leão organizadora do acervo Nydia Licia e Sérgio Cardoso , e os professores da Escola Superior de Artes Célia Helena Lígia Cortez e Rodrigo Audi, com a mediação de Samir Yazbek. 

Sucesso de crítica e público

Sérgio Cardoso estreou nos palcos em 1948, aos 22 anos, quando protagonizou a histórica montagem de Hamlet, de William Shakespeare, no Teatro do Estudante do Brasil, de Paschoal Carlos Magno. Desde seus primeiros trabalhos, o ator despertou a atenção de público e crítica pelo seu extraordinário talento.  

Em 1949, em consequência do sucesso de Arlequim, servidor de dois amos, de Carlo Goldoni, espetáculo produzido por sua companhia, o Teatro dos Doze, Sérgio Cardoso foi convidado por Franco Zampari para integrar o elenco do Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, em São Paulo, onde participou de diversos espetáculos de sucesso, entre os quais O mentiroso (1949), de Carlo Goldoni, Entre quatro paredes (1950), de Jean-Paul Sartre e O anjo de pedra (1950), de Tennessee Williams.  

Após passagem pela Companhia Dramática Nacional, no Rio de Janeiro, fundou, em 1954, a Companhia Nydia LiciaSérgio Cardoso, onde produziu espetáculos ousados, como Lampião (1954), de Rachel de Queiroz, e Chá e simpatia (1957), de Robert Anderson, títulos que dirigiu e nos quais também atuou; e Vestido de noiva (1958), de Nelson Rodrigues, cuja direção foi bastante elogiada  (foto à esquerda: Sérgio Cardoso e Nydia Licia).
 
O sucesso nos palcos levou Sérgio à televisão, o que o fez conquistar definitivamente o grande público, tornandose uma das maiores estrelas do país. Na TV Tupi, atuou, entre outras, nas novelas O sorriso de Helena (1964), de Walter George Durst e Antônio Maria (1968), de Geraldo Vietri e Walther Negrão. Em 1969 estreou na TV Globo, integrando o elenco de A cabana do pai Tomás, de Hedy Maia; Pigmalião 70 (1970), de Vicente Sesso; A próxima atração (1970) e O primeiro amor (1972), de Walther Negrão, sendo este o trabalho que ficou marcado pelo prematuro falecimento do artista, aos 47 anos, antes do término das gravações acontecimento que causou comoção nacional.  

Sua brilhante carreira também contemplou o cinema, tendo atuado nos filmes A madona de cedro (1968), adaptado da obra de Antonio Callado, dirigido por Carlos Coimbra, e Os herdeiros (1970), escrito e dirigido por Cacá Diegues.  

Sobre os participantes da roda de conversa

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