POÉTICAS PRETAS 2025: 81 anos do Teatro Experimental do Negro | Escola de Teatro Célia Helena

POÉTICAS PRETAS: 81 anos do Teatro Experimental do Negro

Projeto desenvolvido pelo NEABI – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas

23/10/2025
(quinta-feira)

das 19h às 22h30

Teatro Célia Helena 

Poéticas Pretas é um ato de celebração promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) da Escola Superior de Artes Célia Helena (ESCH). Em 2025, a edição do mês de outubro destaca a força e evidencia a diversidade das vozes negras, com o compromisso de promover o direito de igualdade étnico-racial. Um convite para uma ação coletiva de conscientização e empoderamento das produções afrocentradas, afirmação de identidade, que narram suas próprias histórias enquanto artistas-pesquisadores, a partir de práticas e saberes pluriepistêmicos, além de provocar um olhar para a construção de novas narrativas e partilhas no enfrentamento ao racismo estrutural e institucional, de responsabilidade não unicamente NEGRA.

Esta edição tem como mote central o impacto e legado deixados pelo Teatro Experimental do Negro (TEN) nesses 81 anos de criação para as produções cênicas contemporâneas, considerando como um disparador de processo criativo: as percepções que o corpo negro gera em cena, independente do discurso e a ideia de como se dá o encontro com a própria negritude.

Programação

Recepção e prelúdio musical.

Izah Neiva, cineasta e atriz, dedica-se a explorar questões de impacto social em seus filmes. Sua formação é diversificada: é graduada em Teatro pela Escola Superior de Artes Célia Helena, licenciada em Teatro pela Faculdade Paulista de Artes e em Finanças pela Universidade da Cidade de São Paulo. Além disso, possui especialização em Cinema pela Universidade de Indaiatuba e MBA em Cinema pelo LA Filmes Institute. 

Assina a direção dos curtas A última chance (2017), Era uma vez em SP (2019), O menino da moeda (2021), Sônia (2024), Escuta (2025) e Firmina (2024), este último selecionado para mais de 60 festivais e mostras de cinema, como o Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Kinoforum, Vitória/ES, MIMB/BA, Guarnicê/MA, LABRFF em Los Angeles, entre outros, alcançando 18 estados brasileiros e 11 países, com 32 premiações em diversas categorias. 

 

Recorte cênico da releitura da peça Sortilégio, de Abdias Nascimento, revisitada através das linguagens do hip-hop e da religiosidade afro-brasileira, mantendo o compromisso político e estético do Teatro Experimental Negro, que se fundem como linguagens de resistência preta.

A arquitetura sonora é uma ponte entre mundos. Piano, teclado, bateria e percussão formam a base tradicional, enquanto o baixo estabelece a base para os loops e samples. 

Escrita em 1951, Sortilégio (Mistério Negro) é uma peça revolucionária. A obra expõe feridas profundas da sociedade brasileira: a negação das raízes africanas, o embranquecimento forçado e o racismo.

Um experimento cênico que nasce no diálogo entre Diego Macedo, ator em cena, e Eartha Kitt, celebridade de Hollywood entre os anos 1930-80. Aqui o amor se torna protagonismo, onde questões raciais, traumas e conquistas cruzam esse sentimento que mais comove e move as pessoas.

O experimento, que faz parte da investigação de Jamile Guedes no Mestrado Profissional em Artes da Cena na ESCH, dialoga com os reflexos da colonização histórica e contemporânea, na construção do “eu” e sobre a retomada  das nossas histórias e ancestralidade.  

Como é, foi ou está sendo construída  a nossa autoimagem enquanto pessoas negras? Como essa construção nos aproxima ou nos distancia de “quem sou eu?”, impactando nossa autoestima? E de qual autoestima estamos falando? 

 

Artista corpo, dançarino profissional e modelo, Rebô Izaias destaca-se no universo da dança, participando de apresentações e festivais nacionais e internacionais, atuando na desconstrução de estereótipos e direitos à acessibilidade. 

Diálogos corporais sobre rodas como intervenção performática de inclusão da pessoa com deficiência que adentra os espaços de fronteiras sociais e simbólicas, além disso, o corpo negro como  um espaço de ressignificação e valorização das suas raízes. 

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