“Existe sempre uma linguagem antes da linguagem que é a percepção”.

MERLEAU-PONTY

Hoje, é inquestionável o papel da percepção nos processos de aprendizagem. Dentre as manifestações expressivas, o brincar figura como elemento ao desenvolvimento integral e humano não só das infâncias, mas de comunidades inteiras. Assim atestam nossas pesquisas com povos tradicionais e autóctones, por exemplo. As infâncias nos mostram o quanto o brincar é estruturante, reportando em seus gestos uma corporeidade presente, que ata a voz do passado e um futuro possível. A partir de exercícios práticos, da leitura de textos e contato com material audiovisual, debateremos os temas seguindo a metodologia de Rodas de Conversa. Falaremos de um modo de olhar e de viver, considerando o que cada um de nós traz em sua bagagem em relação à temática. Nossas pesquisas desafiam-se, maravilham-se com a simplicidade do brincar livre que nos apresentam as crianças. Trata-se de enxergar também o que é relevante, o que se repete, o que é estruturante, o que ressoa… que nos mostra algo como a nossa própria humanidade, subscrita em nossa corporeidade e neste rio caudaloso e imaginal comum. Nesse sentido, as crianças interiores de hoje e de ontem são nossas mestras.

Aula 1 – Infâncias, Brincares e Mistérios
Aula 2 – Revelações dos Brincares Livres e Espontâneos. O redondo no Brincar
Aula 3 – Estruturas brincantes – práticas corporais decoloniais e ecocentradas

*todas as aulas contam com atividades práticas, subsídio de textos, filmes e Rodas de Conversa.