Em comemoração aos 45 anos de uma trajetória ímpar dedicada à arte, ao ensino, à cultura, à construção de bens patrimoniais e imateriais do nosso teatro, está aberta a temporada dos exercícios cênicos do primeiro semestre de 2023.
A inauguração do Teatro do Célia, neste ano, deu voz a ex-alunos, artistas e pesquisadores da cena teatral. Para dar as boas-vindas ao teatro, Vitória Cortez abriu a cena com sua dança-performance Oração para embalar os vivos.
Ao lado de Augusto Boal e Rogério Bandeira, com seu Hamlet 16X8, vieram Noel, um musical, montagem do núcleo de pesquisa Estúdio da Cena da Escola Superior de Artes Célia Helena, e Fevereiro, ou fica, vai ter bolo, com uma pesquisa autoral, a partir dos contextos políticos e sociais, desenvolvida na pós-graduação “Corpo: teatro, dança e performance”.
Para receber a Cia Delas de Teatro, formada por atrizes, a montagem de Maria e os insetos compartilhou o olhar criativo sobre a vida e a importância dos seres que cuidam da preservação do meio ambiente. Na sequência, Macacos, com Clayton Nascimento, Prêmio Shell de Melhor Ator, que trata da urgência da vida negra no Brasil, e Irmãs Coragem, uma montagem com relatos sobre a vivência de adolescentes na rua, com estudantes do curso de Licenciatura em Teatro.
Para dar início à programação dos exames abertos, de 01 a 30 de junho, recebemos Renato Borghi, com uma história que se entrelaça à do Célia Helena, conduzindo uma “carroça”, carregada de pensamentos e olhares do autor Bertolt Brecht, nos deixando a pergunta O que nos mantém vivos?
Abrir para a sociedade uma casa de espetáculos, e abrigar a temporada dos exercícios cênicos, é manter uma história que se impõe frente às adversidades sociais e culturais do nosso tempo.